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Em Portugal começa a falar-se, gradualmente, em Corredores Verdes (Greenways na escola Americana) como contributo para uma estratégia de ordenamento do território inspirado no emergente paradigma da sustentabilidade. A filosofia dos Corredores Verdes e a sua clara ligação às Tecnologias de Informação Geográfica tem vindo a difundir-se entre comunidade científica nacional e entre os técnicos autárquicos. Exemplo disso foram os seminários “Environmental challenges in na Expanding Urban World and the Role of Emerging Information Technologies”, realizado na Costa da Caparica em 1997, e “Corredores Verdes na Área Metropolitana de Lisboa, um contributo para um ordenamento sustentável regional e local”, que teve lugar em Lisboa no ano 2000. Em 2001, já se realizaram os encontros “Corredores Verdes: um contributo para uma política de planeamento e ordenamento sustentável aos níveis regional e local”, em Coimbra, e “Corredores Verdes, redescobrir e valorizar o território”, no Porto.
Os Corredores Verdes estabelecem, por definição, ligações entre áreas de elevada concentração de recursos ecológicos, paisagísticos e culturais, promovendo a sua proteção e compatibilização com a atividade humana. O interesse e a atualidade do assunto, bem como a sua ligação ao ordenamento do território e às novas tecnologias, nomeadamente aos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), foram as razões fundamentais que nos levaram à escolha deste tema para o trabalho final de Licenciatura. Neste contexto, o objetivo principal deste trabalho é o de determinar as áreas preferenciais para a implementação de uma rede de Corredores Verdes numa bacia hidrográfica do território periurbano de Montijo – Pinhal Novo, recorrendo a Sistemas de Informação Geográfica. O desenvolvimento do trabalho percorre, naturalmente, o quadro teórico que sustenta a noção de Corredor Verde (Capítulo I), o quadro legal português em matéria de ordenamento do território – na aceção mais geral do termo – (Capítulo II) e a exposição dos SIG enquanto ferramentas de tratamento, gestão, visualização e análise de informação georreferenciada (Capítulo III). A bacia hidrográfica da Vala Real / Vala de Malpique é caracterizada do ponto de vista físico e humano (Capítulo IV) e dessa caracterização deriva a seleção de variáveis e fatores para incorporar na modelação espacial. A proposta de delimitação duma rede de Corredores Verdes resulta da aplicação conjugada, em ambiente SIG, do potencial biofísico e do potencial humano (Capítulo V); a proposta de um corredor verde para a linha férrea desativada Montijo-Pinhal Novo (Capítulo VI) incorpora o cruzamento da fase precedente com o trabalho de campo efetuado, bem como das discussões técnicas havidas com os serviços da Câmara Municipal do Montijo.
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